Pelo Brasil maior

sentimento, Garcia de Rezende trovou, na Miscelânea:

"Portugueses, castelhanos.

Não os quer Deus juntos ver"

As conquistas dos "portugueses de São Paulo", as rudes gestas escritas com um sangue que os bandeirantes tiravam para as cursivas do indígena, mas para as capitulares do sangue castelhano, o recuo do meridiano de Tordesilhas ainda mais acirravam a incompatibilidade atávica. A anexação da Cisplatina veio encher as medidas do elemento castelhano, que ali predominava.

Com exceção do Brasil, a Espanha dominava toda a América do Sul. O império de Carlos V rolara desagregado; apagara-se tristemente aquele sol que nunca se punha em seus domínios. Mas a alma espanhola deitara raízes nos países que conquistara, e, mau grado as vicissitudes políticas, renascia na América. A Revolução Francesa e Bonaparte, síndico da sua falência administrativa, tinham mostrado ao mundo a facilidade com que a propaganda e a espada subvertem instituições e criam impérios.

OS LIBERTADORES E A REPÚBLICA

Miranda, um general da Revolução que Napoleão embalde quis seduzir, criou em Paris, por

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