insaciável, para a imensa América, ansiosa por devassá-la e conhecê-la na sua substância estrutural.
Justo era que, dentro do novo mundo, o Brasil fosse o país mais visado pela curiosidade europeia. Metade de continente, nação de vasto desenvolvimento territorial, possuindo elementos dos mais interessantes para o estudo dos diversos ramos da natureza, em breve a nossa terra atraía quantas expedições se organizavam para desbravar a América Meridional.
Algumas das maiores expedições destinavam-se, inicialmente, a explorar o nosso país, rumando para aqui, conforme nos conta em seu trabalho Explorações Scientificas, o eminente Rodolfo Garcia, sábios de várias procedências ao serviço de todas as províncias do saber. Geógrafos, geólogos, paleontólogos, etnólogos, especialistas dos diversos ramos culturais, botânicos, zoólogos, entomólogos, itiólogos, davam-nos a sua preferência, considerando a nossa terra centro opulento de pesquisas, vasta retorta destinada às observações das ciências naturais.
Ficara muito distante a primitiva viagem de exploração científica, que trouxera La Condamine, em 1743, a bacia da Amazônia. O sábio francês viajara chefiando missão geográfica, às ordens de Luis XV, rei de França e não tivera, por trinta anos, seguidores. Somente em 1783, Portugal previra a necessidade de conhecer alguma coisa do imenso país que ele explorava do lado de cá do Atlântico, e despachava para a nossa terra a primeira e única missão que neste caráter organizou, confiando a