História militar do Brasil

estudantes, letrados, moedeiros, gente de justiça e de negócios, calafates, familiares e empregados das arrecadações. Um total de 1.742 homens. Em Itaparica, uma companhia de ordenanças. Enfim, o terço tradicional dos Henriques e as companhias de infantaria ou ordenanças de cada vila.

A capitania de São Paulo estava dividida em duas jurisdições militares: São Paulo e Vilas do Norte, Curitiba e Vilas do Sul. As guarnições do litoral denominavam-se Tropas de Marinha. No interior, havia dragões a pé e a cavalo, bem como cavalaria auxiliar. Os dragões, criados pelo rei Gustavo Adolfo e pelo marechal de Brissac, adotando uma designação que vinha dos dragonários romanos, sempre foram infantaria montada. Napoleão ainda teve regimentos de dragões a pé.

Documentos do Arquivo Público de Belo Horizonte dizem que a 1ª Companhia dos Dragões Reais das Minas usava farda azul com véstia, canhões e forros amarelos e a segunda com eles vermelhos. Os topes dos chapéus de três bicos, tricórnios, em geral não traziam as cores nacionais e sim as do regimento. O tope português da época era azul e vermelho. As cores azul e branca, privativas da Casa de Bragança, só no século XIX se tornaram nacionais. Em 1765, o capitão general Souza Botelho mandou pintar os figurinos das tropas paulistas. Segundo as ilustrações de um manuscrito existente no Arquivo Nacional, em 1767, os oficiais usavam um gorjal dourado sob a gola, derradeira reminiscência da couraça do antigo nobre. Toda a cavalaria calça botas de canhão. Toda a oficialidade usa bastão e tricórnio. A farda dos tambores é geralmente da cor da gola ou do canhão

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