do regimento, uso geral na Europa, que durou até os pomposos regimentos da guarda imperial de Napoleão III. Conservavam-se as bandas carmins dos oficiais do século XVII e as faixas brancas dos coronéis e mestres de campo antigos. Ainda os sargentos carregavam terçado, chuça, lança curta, pique ou alabarda, tradição que levou séculos a morrer. Em Portugal e no Brasil, sobretudo. Os inferiores da célebre Legião Portuguesa de Napoleão tiveram alabardas de prata. Os sargentos brasileiros trouxeram a lança curta até o Segundo Reinado.
Aí por 1763, haviam vindo para o Brasil, a fim de combater os castelhanos do Sul, os regimentos lusitanos de Moura, de Estremoz e de Bragança. Ao transferir a sede do Vice-Reinado da Bahia para o Rio de Janeiro, nesse tempo, o conde da Cunha organizou a 1ª Companhia de Cavalaria da Guarda dos Vice-Reis, da qual se originou o nosso velho e tradicional 1° Regimento de Cavalaria (Dragões da Independência). O conde de Azambuja, sucessor do conde da Cunha, organizou a 2ª Companhia. As duas companhias de Dragões da Guarda dos Vice-Reis usavam o capacete característico de todos os dragões contemporâneos, criado para os de Luiz XIV e que da França se espalhara pelo mundo. Cimeira e cauda lembrando as dos cascos dos legionários romanos e catafractários gregos. Em derredor, uma cinta de pano, espécie de turbante ou mundaçó; ou então uma pele mosqueada que veio até os dragões de Napoleão e Luiz Filipe. Entre nós, costumava ser de onça. Botas de canhão, semelhantes às dos jóqueis e cocheiros