Cotegipe e seu tempo. 1ª fase: 1815-1867

e não fazer experiências ruinosas" (carta a Penedo, 14 de março de 1859).

Ia, entretanto, arriscar-se a uma dessas experiências: "já que a minha sorte quis que eu viesse acabar meus tristes dias entre pretos e cavando a terra, não quero ser um ente inútil" (carta a Penedo, 2 de março de 1865).

Estuda; lê a obra de Bough; planeia uma usina de açúcar. Apela para as informações de Penedo e para os conselhos de um técnico e grande dedicado aos brasileiros — Miers.(1) Nota do Autor "Tenho de montar uma fábrica completamente nova e ligo suma importância ao que houver de preferir — 1º por vantagem própria — 2º por utilidade geral. A tendência da indústria açucareira na província é para o regresso. Os lavradores estão achando mais interesse em fabricar mau açúcar. Não posso aceitar semelhante opinião; mas se fizer fiasco na minha tentativa dou razão aos ignorantes". Pretendia um meio termo entre a perfeição e a velha rotina "estabelecendo o que possa ser imitado". Uma das primeiras questões era a economia (carta a Penedo, 5 de dezembro de 1864).

Todo cheio, embora, de esperanças, o receio, às vezes, despontava: "Deus permita que a minha tentativa possa ser proveitosa a mim e aos meus companheiros de lavoura — e que o meu engenho não seja batizado como foi o do finado senador Câmara —

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