AS GUERRAS NOS PALMARES
Não obstante a inclinação acentuada pela historiografia nacional, do espírito renovador da moderna geração de estudiosos brasileiros, a cultura dos estudos históricos — devemos dizê-lo — tem descurado os trabalhos de investigação de novas fontes, a publicação de novos documentos. Tirados os trabalhos de alguns investigadores de todos conhecidos, excetuando as contribuições dos institutos históricos e geográficos de quase todos os Estados, da Sociedade Capistrano de Abreu e das revistas oficiais de museus e bibliotecas, pouco mais se tem aumentado o cabedal da documentação acerca da história do Brasil.
E, no entanto, os arquivos e bibliotecas de Portugal permanecem pejados de manuscritos e códices, repletos de documentos oficiais, absolutamente inéditos, acerca da referida História. Contam-se por milhares, para não dizer milhões; são códices e códices, documentos e documentos, cartas, ofícios, memórias, descrições, mapas, plantas, desenhos etc., tudo inaproveitado, inerte, sobre tantos e tantos assuntos, muitos ignorados, outros apenas entrevistos, mal estudados uns, errados muitos e mal interpretados a maioria. Contribuir, pois, para o conhecimento e divulgação dessa riqueza