margens do Oiapoque e do Orinoco, em busca da encantada e falaz Manôa.(*) Nota do Autor
O El-Dorado, que, afinal, apareceu em Suriname e em Caiena, no primeiro quartel do século XVIII, era o fruto da coffea arabica, que Francisco de Melo Palheta, em 1727, havia de transportar para o Brasil.
Não se conhecem outros fatos concernentes à vida de Palheta no restante do século XVII e dentro da primeira década do século XVIII, senão o de haver ele obtido do governador do Estado do Maranhão e Grão-Pará, a 7 de fevereiro de 1709, uma sesmaria no rio Ubituba, a qual lhe foi confirmada por ato régio de 10 de fevereiro de 1712 (v. Anais da Bibl. e Arq. Públ. do Pará, III, 1904, p. 55). Vê-se, por aí, que, não obstante prosseguir na carreira militar, na qual ia ascendendo aos melhores postos, entendeu ele de dedicar-se também à agricultura. Já certamente em plena velhice, ainda mais se lhe acentuou o pendor, ou, quiçá, a necessidade de desenvolver a lavra de terras, pois conseguiu do governo local outra sesmaria no Pará, entre as bocas dos igarapés Arapijó e Guajará, por alvarás de 14 de agosto de 1731,