Silva Jardim

Jardim) exclamava em 1888 que lhe dessem "dez Silva Jardim e ele faria a República amanhã". É que o venerando chefe paulista já havia vislumbrado a dobrez e a covardia de um lado e a bravura e o desinteresse do outro, como declarou ao congresso republicano paulista, quando os profiteurs já ensaiavam o bote sobre o intemerato agitador:

"O dr. Silva Jardim compreendeu bem a disposição dos espíritos no movimento republicano e tomou a rota que lhe pareceu melhor, convidando a acompanhá-lo os que revelam coragem de afrontar os perigos."

"A ditadura do dr. Silva Jardim (ditadura científica) é, portanto, produto natural do meio donde ela brotou. Fomos todos nós que a levantamos. Ele é o único homem que até aqui vos apresentou o movimento revolucionário, porque só ele tem sabido caracterizar os sentimentos nacionais, dando-lhes, pela sua energia, pelos seus trabalhos, pela sua ação inteligente e bem definida, a representação na luta com a monarquia. Reconhecer isto é ter a franqueza de proclamar a verdade".

E mais adiante:

"É possível que ele se enfraqueça por haver cometido o erro de exceder-se no seu rigor de concentrar a direção, impondo um tanto violentamente a sua autoridade e deixando claramente posta a sua ditadura. O entusiasmo e a fé do moço talvez tenham inutilizado em parte o grande trabalho de preparos para

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