Capitania de São Paulo: governo de Rodrigo César de Menezes

As discórdias e lutas nos conventos, nas quais a população tomava parte pró e contra, eram contínuas e deixavam um rastro de sangue, só terminando com a ajuda do braço secular e a remessa para Lisboa dos frades mais turbulentos.

A relaxação dos costumes, entre os religiosos, era extraordinária.

Chegados ao Brasil, perdiam a vergonha e atiravam-se à vida como desbragados; os que aqui estavam não ficavam atrás, dando todos os mais perniciosos e dissolventes exemplos.

As cartas régias repetiam-se proibindo expressamente a vinda de eclesiásticos para as colônias.

Na sua linguagem oficial rezavam elas que a experiência tinha demonstrado que não se devia permitir a vinda de religiosos, por causa do grande dano e perturbação que faziam nas minas, para onde logo se passavam.

A vigilância exercida sobre eles era tão grande que nenhum mestre de barco obtinha despacho de partida, de Portugal ou das ilhas, sem que primeiro declarasse, por termo, que não levava, em suas embarcações, religioso algum, sob

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