Capitania de São Paulo: governo de Rodrigo César de Menezes

dos inferiores, insolitamente vaidoso, como a bola de borracha salta quando não encontra obstáculos.

Coração estreito, sem generosidade, fraco à lisonja; dissimulado, enquanto não dispôs de força, desculpou e adulou; violento, quando não sentiu perigo, cometeu ou autorizou crueldades.

Espírito acanhado, sem horizontes, jamais teve um clarão que o iluminasse, mostrando-lhe que um capitão-general podia ser alguma cousa mais que um arrecadador de quintos.

Despido de dotes políticos, acessível à intriga pequenina, desbaratou as suas e as energias de seus administrados em devassas sobre um fantástico comércio com estrangeiros ao sul, num tempo em que ainda os paulistas bem encaminhados poderiam, quem sabe, assegurar ao Brasil a fronteira do Prata.

A Colônia do Sacramento era um padrasto na bacia platina; procurava-se fortificar Montevidéu, ultimamente apossada; a capitania de São Paulo não tinha fronteiras determinadas nessa parte; a preocupação portuguesa era levá-las até lá, através de territórios habitados por índios; e, entretanto, Rodrigo Cesar, que soube levantar um exército

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