Pelo seu nascimento o novo governador era fidalgo de linhagem e pertencia a uma das mais nobres famílias de Portugal.
A varonia de sua casa era Cesar, e procedia de Pedro Pires Cesar, cidadão de Leiria, que já andava nomeado no foral que D. Sancho I deu a essa cidade em 13 de abril de 1195.
Seus antepassados concorreram e participaram das glórias de Portugal, praticando façanhas em Ásia e África, onde se ilustraram.
Um deles, Vasco Fernandes Cesar, capitão de Çafim, durante o reinado de D. Manoel, comandando uma fusta, com ela desbaratou seis chavecos mouros.
D. Manoel, por isso, abraçou-o, dizendo-lhe: — "Isso é feito de Cesar", — trocadilho que se perpetuou na família.
D. João III acrescentou-lhe, ao brasão de armas, seis galés em memória desse feito.
Durante o largo período da afirmação da independência de Portugal, que vai de João IV a D. Pedro II, a rivalidade entre os Cesar e os Mascarenhas interessou e emocionou Lisboa, constituindo uma luta de gigantes, na frase de Camillo Castello Branco que a estudaria com amor.