A Corte de Portugal no Brasil (notas, alguns documentos diplomáticos e cartas da Imperatriz Leopoldina)

Dom Miguel Pereira Forjaz e João Antônio Salter de Mendonça. Esta Regência foi mais tarde dissolvida por Junot e substituída por um ministério francês "coadjuvado por alguns conselheiros portugueses, como Pedro de Melo Breyner, o Conde de Sam-Paio, o Principal Castro e outros".

O mesmo diploma oficial de despedida política era acompanhado de instruções regulamentares sobre o juramento que os nomeados para a Regência deviam prestar nas mãos do Cardeal Patriarca; continha mais a indicação sumária dos deveres e atribuições que lhes eram confiados e aconselhava a todos que procurassem a conservação da paz no reino "e que as tropas do Imperador dos franceses fossem bem aquarteladas e assistidas de tudo quanto lhes fosse preciso, enquanto se detivessem no reino, evitando-lhes todo e qualquer insulto que se pudesse perpetrar, ... conservando sempre a boa harmonia que se deve praticar com os exércitos das nações com as quais nos achamos unidos no Continente ..."

Poucos dias depois destas célebres provisões, ditadas pelo espírito conciliador e pela sagaz e prudente inteligência do governo de Dom João, era divulgada a pastoral de Dom José II, Cardeal Patriarca de Lisboa, em que se exortavam os fiéis nos seguintes termos:

"Não temais, amados filhos, vivei seguros em vossas casas e fora delas; lembrai-vos que este exército é de Sua Majestade o Imperador dos franceses e rei de Itália, Napoleão o Grande, que Deus tem destinado para amparar e proteger a religião, e fazer a felicidade dos povos ..."(13) Nota do Autor

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