operações de crédito interno, havendo durante todo o meu período presidencial, repelido intransigentemente o oferecimento de uma operação de crédito externo.
PERSISTÊNCIA NO ERRO
Essa futura obra legislativa de reconstrução financeira do Estado nunca foi efetuada. Se é certo que o fato material e imperativo da diminuição da renda impôs aos poderes públicos, nos períodos que se seguiram, grandes cortes na despesa, entre os quais se destaca um ou outro digno de aplauso, como a redução do número de deputados estaduais, por exemplo, é também verdade que se fizeram para realizar planos de mera ostentação, próprios a atrair popularidade para seus autores, e para abusos de luxo, despesas consideráveis que tais cortes alcançaram largamente verdadeiras obras vivas da política e da administração, como a fiscalização orçamentária, que foi extinta, como a instrução pública, enormemente sacrificada — ao ponto de se ter verificado que, durante muitos anos, depois do meu governo, não se fez aquisição, no estado do Rio, de livros escolares — tornando o magistério e o ensino ao regímen da desmoralização e da politicagem pela extinção das garantias da carreira e de fiscalização. O programa econômico foi, longo tempo, posto à margem, ao passo que não pequeno número de sinecuras e de gastos de favor recomeçaram a aparecer no orçamento e nos livros do Tesouro, transformadas as leis anuais pelos artifícios e sofismas da sua confecção, em atos de autorização de toda espécie de abusos.
RETIRADA DA ATIVIDADE POLÍTICA
Deixando o poder em 31 de dezembro de 1900, depois de um período tormentoso de governo, em que lutei com as mais críticas dificuldades financeiras, que as condições