e práticos do regímen, ligados à essência e à razão muito fizeram por me trazer amarguras e decepções, consola-me, entretanto, o conforto de consciência de poder recordar toda a linha de minha conduta, vendo nela refletir-se contínua a inspiração do mesmo impulso que me levou a protestar solenemente, por ocasião do aludido rompimento, que, encerrado o meu período presidencial, estaria também encerrada a minha carreira política, realizando, assim, a obra sã de moralidade pública.
A NOBILITANTE RENÚNCIA
Os fatos posteriores, o depoimento objetivo das cousas durante os meus 17 últimos anos do regímen, toda a recente história institucional da República, em suma, gravitando inteira em torno das manobras da astúcia e da força pela conquista e pela conservação do poder, e pela obtenção de empregos, de vantagens e de proveitos pessoais, ou pelo menos, em casos, aliás, muitos raros, pela satisfação de paixões, de caprichos e de vaidades, darão às almas justas e aos corações altruístas que ainda existem neste país a ideia e a medida do valor desta obra política, partindo de um moço cheio de ambições legitimadas por uma longa carreira política, e que assim renunciava em sacrifício a deveres de moral pública, o direito de continuar a servir o seu país na órbita da atividade em que sempre trabalhara.
A SUPREMA CONCLUSÃO
Toda esta carreira se manifestou na modéstia que me impunha a minha subordinação, como político ainda moço, à direção e à orientação de outros — e que só agora rompi nesta fase avançada da minha vida pública para assumir individualmente e à custa de sacrifícios de toda