Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

sobrinho do capitão-mor Antonio de Oliveira, havia adquirido em Assumpção trinta e dois índios guaranis, a troco de ferro, para vendê-los nas capitanias do norte, bem como um português de nome Francisco Vidal, que comprara vinte, mesmo sem chegar à referida cidade.

É bem de ver que esses descimentos e a consequente luta com os indígenas do sertão, obedecendo a desígnios vitais da colônia, foram sempre aumentando. Mem de Sá, ordenando a extinção de Santo André, teve em mira concentrar os brancos de modo a oferecerem melhor resistência aos ataques do gentio enraivecido. Fazendo também Braz Cubas penetrar o interior em busca de ouro e prata, não quis se eximir duma terceira providência que viria coroar as medidas de boa política executadas na capitania.

Haviam os tamoios começado por hostilizar as vilas do litoral. Enquanto a luta permaneceu nesse círculo, os colonos mantiveram-se na defensiva, apoiados em seus fortes costeiros. Com a transmutação, porém, em vila da casa jesuítica de São Paulo, fixada na "porta e caminho dos sertões", era mister transfigurar em investida, esse simples acautelamento da marinha.

Ordenou por isso Mem de Sá uma ação contra esses indígenas que assediavam a vila sertaneja e que baixavam do vale do rio Paraíba varando as gargantas serranas. Como principal dessa expedição foi Jorge Moreira, natural do Porto e que veio para a capitania em 1545, tendo aqui se casado com Izabel Velho. Exerceu cargos na câmara de Santo André, em 1557, tendo sido

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