Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

João Sanches, de Biscaia, piloto da armada de Sanabria, relatava em 1550, a esse propósito, que toda costa desde São Francisco do Sul até Laguna, estava despovoada de indígenas, devido aos frequentes saltos dos portugueses, com seus amigos tupiniquins.

Ruy Diaz de Gusman, na sua Argentina, conta que em 1554 o capitão Garcia Rodrigues de Vergára, dirigia-se ao Guairá, a mandado de Irala, para assentar uma "povoação que provesse aos grandes danos e assaltos que os portugueses faziam por aquela parte nos índios carijós da província, levando-os presos e cativos sem justificação alguma de guerra a vendê-los como escravos".

Note-se a extensão territorial de tais entradas, já no meado do século XVI, por parte dos vicentinos: pela costa, atingiam Laguna; pelo interior, iam à região do Guairá.

Um documento do Archivo das Indias, em Sevilha, publicado por Luiz Rubio y Moreno, dá uma relação dos chefes de entradas, a maioria escravagistas, ao Guairá, saídos de São Vicente, nas imediações da época a que nos referimos e que é a seguinte: Scipião de Góes, Vicente de Góes, Manuel Fernandes, Affonso Farinha, Diogo Dias, Marcos Fernandes, Christovam Caldeireiro, sevilhano, Pedro Corrêa, Fulano Araujo, Matheus Fernandes, Pedro Collaço, Domingos Vaz, piloto, João Pires Gago e Gaspar Fernandes.

Ainda uma carta, escrito por João de Salazar, em Santos, a 30 de junho de 1553, revelava mais que um

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