Bandeiras e bandeirantes de São Paulo

dez meses, sofrendo horrores e chegando até a barra do rio citado, no Paraná. Aí, não sabendo mais onde se encontrava, julgou que o rio Paraná nada mais era que um braço do Iguaçu e assim foi descendo até certo ponto onde arranchou. Penetrando depois para o interior, em caçada, foi preso em outubro de 1770, pelos espanhóis que lhe informaram então achar-se em terras do Paraguai, levando-o à presença do respectivo governador, que, sem querer ouvi-lo, remeteu-o ao delegado régio em Buenos Aires, indo também o alferes Antonio da Costa e alguns soldados, chegando todos àquela cidade em dezembro do mesmo ano.

Metidos num calabouço, aí faleceu o alferes em março de 1771 e Antonio da Silveira Peixoto somente conseguiu sua liberdade em 1777. Era natural de Paranaguá e ali faleceu na miséria, em 1800.

O descobrimento dos campos de Guarapuava foi devido às diligências do paulista Candido Xavier de Almeida e Sousa, se bem que fosse região já conhecida de antigos sertanistas de São Paulo. A 12 de julho de 1770, Candido Xavier, com o posto de sargento, embarcou no porto de Nossa Senhora da Conceição, tendo como seu superior o sargento-mor Francisco José Monteiro, em nove canoas, com seis soldados e sessenta e três expedicionários. Levava ordem de encontrar o capitão Antonio da Silveira Peixoto e fazer pagamento da gente empregada nesse serviço, que andava toda dispersa por aqueles sertões. Foi até o porto de Nossa Senhora da Victoria, onde encontrou o tenente Vitancos, sabendo

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