Estudos de História do Brasil

de incontestável prestígio na massa popular — Joaquim Gonçalves Ledo, Januário da Cunha Barbosa e José Clemente Pereira —, com os quais fora difícil, senão impossível, cimentar em moldes idôneos e inabaláveis fundamentos da nova pátria, surta ao brado de 7 de setembro. Uma vez na oposição, não hesitaram os gloriosos paulistas em alistar-se nas fileiras dos democratas e, finalmente, em tornarem-se facciosos, a tal ponto que, dissolvida a Constituinte, também lhes foi apontado o caminho do exílio.

O primeiro gabinete, constituído após a independência, foi o de 17 de julho de 1823, dirigido por José Joaquim Carneiro de Campos (marquês de Caravelas) e que logrou sustentar-se no poder até 10 de novembro do mesmo ano. Dele fizeram parte: Caetano Pinto de Miranda Montenegro (marquês da Praia Grande), Manuel Jacinto Nogueira da Gama (marquês de Baependí), João Vieira de Carvalho (marquês de Lages) e Luiz da Cunha Moreira (visconde de Cabo Frio).

Percebendo claramente a perigosa ameaça ao trono, contida no pronunciamento nativista, veementemente ostentado no parlamento e na imprensa, chamou d. Pedro I aos conselhos da coroa, em 10 de novembro de 1823, a Francisco Vilela Barbosa (primeiro marquês de Paranaguá), em cuja dedicação e energia confiava sobremaneira. Foi este quem se encarregou de levar a efeito a dissolução da Constituinte, a qual ainda não havia transformado em lei o projeto da "magna charta", apesar de submetido o mesmo a votações desde 30 de agosto. Após aquele golpe de Estado, sofreu o ministério Vilela Barbosa várias modificações: a 13, 14, 17 e 21 de novembro; a 26 de julho e 14 de outubro de 1824: e a 9 de novembro de 1825. Nele figuraram: Pedro de Araújo Lima (depois visconde e marquês de Olinda), João Severiano Maciel da Costa (marquês de

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