Páginas de história do Brasil

parecia-lhe tão grande a parte dos jesuítas, que, para a explicar, os multiplica, escrevendo que Tomé de Sousa trouxera "six bons vaisseaux chargés de jésuites, admirables propagandistes, patients, insinuants, infatigables et disciplinés, tous formés en bataillon carré".(303) Nota do Autor

A verdade é que com Tomé de Sousa vieram apenas seis jesuítas!

Sem chegarmos aos exageros dos historiadores franceses, é certo que a iniciativa, intervenção e laboriosidade dos padres foi preponderante e decisiva.

Três merecem especial referência.

José de Anchieta, que esteve no arraial o primeiro mês, levou informações a Mem de Sá, e assistiu ao embate final.

Gonçalo de Oliveira, capelão militar da praça, companheiro de Estácio e assistente dos índios, todo este tempo, desde o primeiro dia até ao último. A ele se refere este passo de Pero Rodrigues: "algumas vezes deram os inimigos assalto na cidade, que não era mais que uma cerca de pau a pique e casas de palha; e, uma delas, ajuntando-se muitos imigos, estava o padre junto do altar de giolhos, e as flechas, que vinham de mais alto, passavam o telhado de palha e se pregavam no chão ao redor dele sem lhe tocarem." Os soldados, vendo isto, "cobravam ânimo e tornavam ao combate, com mais esfôrço, até que de todo fizeram fugir o imigo".(304) Nota do Autor

Enfim, Manuel da Nóbrega, que antes e durante a conquista atendeu com energia e providência de chefe, para que nada faltasse aos combatentes e se mantivesse

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