Migrações e cultura indígena. Ensaios de arqueologia e etnologia do Brasil

laissérent la nature étendre le voile luxuriant des vegetations tropicales sur les mines d'une civilisation éteinte".

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Ninguém contesta que a principal riqueza arqueológica do Brasil é a cerâmica indígena. E que desta cerâmica, a mais valiosa, justamente pela beleza e perfeição de seus modelos, é a da Amazônia, especialmente a de Marajó. Não se presuma que o sul, onde predominaram povos Tupi-guarani e , não tenha contribuído com material da mesma espécie, mas a sua qualidade inferior, embora em abundante quantidade, não permite margem a outra afirmação. Por muitos anos, ainda será neste campo, que os arqueólogos irão proceder a melhores averiguações para poder explicar alguma coisa sobre a vida antiga do Brasil.

A cerâmica, que em nosso país tem sido recolhida aos museus, do ano de 1870 para cá, é arte indispensável ao conhecimento de velhas culturas e de extintas civilizações. Ela está ligada, no estudo da pré-história, ao ciclo das indústrias que primeiro o homem construiu. Corresponde ao fim do neolítico superior e surge muito depois da grande descoberta — o fogo — muitos anos antes dessa outra, que será o terceiro grande invento da humanidade - a roda, e que os povos americanos não conheceram. Nasceu da necessidade de cozer o alimento,

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