Migrações e cultura indígena. Ensaios de arqueologia e etnologia do Brasil

PREFÁCIO

Houve na segunda metade do século XIX uma acentuada curiosidade pelo indígena do Brasil. Estudava-se a terra, a começar pela geologia, e chegava-se, naturalmente, às soluções do problema do homem. Faziam pesquisas, neste sentido, HARTT, DERBY, LADISLAO, FERREIRA PENA, BARBOSA RODRIGUES, que centralizaram um animado movimento de ordem puramente científica sobre o nosso país.

Outros brasileiros, e alguns estrangeiros afeiçoados aos estudos que se prendem à arqueologia, serviam por sua vez às puras exigências da ciência e reuniam os melhores materiais que ainda hoje são a nossa melhor reserva para a compreensão da vida ameríndia.

Depois, esta diretriz modificou-se, e houve por muitos anos um pronunciado desinteresse pelas tribos indígenas. O Brasil esquecia o índio, de quem, aliás, nunca fora muito amigo, preferindo ocupar-se do homem já integrado em outros círculos

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