ele matará pedra grande com). O que imprime feição peculiar à língua túpica, nas construções oracionais, é a colocação das preposições, advérbios e conjunções.
O estudo da língua dos jês e dos cariris presta-se às mesmas considerações, que fizemos em relação aos tupis. É verdade que a exegese da língua dos povos em estado elementar leva-nos, frequentes vezes, a erros e falsas observações. "Ao nosso intérprete craô (diz Teodoro Sampaio) pedi-lhe que vertesse para a sua língua a frase portuguesa: — O papagaio fala. — A versão não se fez esperar; mas, em vez da frase traduzida verbum ad verbum, deu-nos a que, no seu modo de pensar, lhe pareceu equivalente, isto é, traduziu para o craô a frase — papagaio bom, — pois que, segundo o mecanismo do seu pensamento, papagaio bom é o papagaio que fala".(1) Nota do Autor Daí, consequentemente, as dificuldades que se antolham a todos os que pretendem auscultar o pensamento do homem selvagem.
Em regra, falta o verbo ser nos idiomas jês. Língua aglutinante, muitos dos seus dialetos, todavia, como acontece com o craô, já denunciam certa evolução (aparecimento de numerosas formas contratas). Os objetos de uso particular, as designações do sistema parental, os nomes das partes do corpo humano, etc., quase sempre apresentam-se associados aos pronomes pessoais ou aos possessivos. "O craô(2) Nota do Autor diz abstratamente, por exemplo, but, but-ulê, candjei para exprimir sol, lua, estrela; mas, se se trata das partes do corpo humano,