O que poderia ser Sergipe nesse tempo disse-o Silvio mais tarde: "um centro de atraso e de abandono intelectual, sem nada de cultura literária ou científica; ao muito, era a pátria da modinha, com seus versos langues e sua música lasciva, retiro dos mestres-régios e dos professores de latim..."(1). Nota do Autor
Mas, apesar de tudo, Silvio sempre gostava de dizer que nascera "num belo recanto do Brasil"(2). Nota do Autor
Durante toda a infância, e mesmo já depois de chegado à mocidade, costumava assinar-se Silvio Vasconcelos da Silveira Ramos.
Com esse nome ainda se bacharelou, em 1873, aos 22 anos de idade(3). Nota do Autor
O fato se prestou ao comentário pérfido de um inimigo atocaiado no anonimato.
"No século — escrevia Labieno, que só mais tarde se revelou ser o conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira(4) Nota do Autor — o Sr. Silvio Romero, quando aqui nos apareceu, chamava-se Silvio Ramos. Este nome de Ramos soava como o de Juan Fernandes e tantos outros que dão aos que os trazem uns ares de vulgaridade. Era preciso, pois, transformá-lo em outro, que, por alguma coisa de estranho, ferisse a atenção e conciliasse umas aparências de distinção e dignidade. Mem Bagalho Pataburro, célebre casuísta do século XV, ao comparecer diante do mundo sábio como autor de um in-folio, transformou-se em