Ó bons tempos de festa em inocência imersos,
Em que o riso é doçura e o sonho um mago enleio
Que as noites frescas vêm a desfolhar dos versos...
A vida era ridente, amena e prazenteira
O povo tinha n'alma o raio que reluz
No sol deste país..."
De uma feita, se revê em meio aos meninos da vila no "tempo será".
"São tudo rumores. Travessas crianças
Que o som dos folguedos em grupo ajuntou
Parolam soltando, risadas que turvam
Os hinos melífluos que a noite entoou.
As moitas copadas ao longe farfalham
Os doces sussurros que o vento lhes dá;
Os brados, os gritos repassam, renovam
Nas doidas corridas do tempo será...
As frontes suadas, cabelos esparsos
As almas rompendo dos lábios à flor,
Quais aves, prendidas em laços estreitos,
Que buscam do mundo banhar-se ao rumor.
Os fortes meninos das plagas agrestes
Das noites brilhantes os bons folgazões
São rolas selvagens das várzeas imensas
Voando em cardumes ao sol dos sertões;
E arrulham, suspiram nas santas doidices,
Nas louras lembranças do jogo infantil,
Nas graças, nos ditos, nas belas tolices,
À luz das estrelas do céu do Brasil.