Rondônia

mais do que isso, os resultados da obra fecunda dos sertanejos do Brasil, dirigidos pelo ideal feito homem. Acredita o autor que só assim pode explicar o acolhimento recebido.

Se, como estudioso, as observações científicas que pôde realizar — quase todas de grande alcance para o conhecimento da antropologia sul-americana — o encheram de alegria; brasileiro, deu-se por bem pago daqueles dias de privações e perigos, porque voltou da Rondônia com a alma refeita, confiante na sua gente, que alguns acreditam fraca e incapaz, porque é povo magro e feio...

São feios, efetivamente, aqueles sertanejos; muitos, além disso, vivem trabalhando, trabalhados pela doença.

Pequenos e magros, enfermos e inestéticos, fortes todavia, foram eles conquistando as terras ásperas por onde hoje se desdobra o caminho enorme que une o Norte ao Sul do Brasil, como um laço apocalíptico, amarrando os extremos da pátria.

É preciso ir lá para retemperar a confiança nos destinos da raça, e voltar desmentindo os pregoeiros da sua decadência.

Não é, nem pode ser nação involuída, a que tem meia dúzia de filhos capazes de tais heroísmos.

Como são pequeninas estas observações científicas, diante da grandeza da construção daquela gente!

Por isso, no laurel com que o INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO honrou este trabalho, o autor vê menos um prêmio que um incentivo(1). Nota do Autor

Do primeiro, seria simples depositário, porque antes pertence aos que lhe abriram o caminho por onde

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