No segundo capítulo deste trabalho, procurei demonstrar o grau de ignorância a que estávamos reduzidos, quanto ao conhecimento dessa vasta região do território pátrio.
No seguinte, julguei imprescindível indicar a maneira por que Rondon a entregou ao passo dos estudiosos.
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A obra científica e social de Rondon não pode ser assaz admirada; este livro dará pálida demonstração de tal asserto.
Em cinco anos de trabalho ele conquistou, pacificamente, alguns milhares de km quadrados, agora em condições de fácil valorização. De cada índio, cuja ferocidade não era lenda vã, e cuja animosidade sacrificou tantos homens, fez um amigo.
Abriu à ciência um campo enorme de verificações e descobertas; à indústria, todas as riquezas de florestas seculares. Soube coroar sua atividade estendendo o fio telegráfico, que os Parecis chamam língua de Mariano, em homenagem ao seu grande amigo, entre pontos extremos da sua pátria que ligou por uma gigantesca estrada de rodagem.
E mostrou à Humanidade irmãos primitivos, que mais uma vez lhe recordam a modéstia da sua origem.
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Não me iludo sobre o valor e a extensão da colheita científica que realizei na Serra do Norte, nas terras da RONDÔNIA(2). Nota do Autor