Rondônia

II

FEITA de traços vivos e característicos é a fisionomia geográfica de Mato Grosso.

Numerosos cursos d'água dominam o maciço de suas terras, que se dividem naturalmente em três zonas.

Planícies pantanosas se dilatam pela porção meridional do estado, campos relvados, onde se adensam, neste momento, grandes manadas.

O planalto se esgueira e se intromete entre as cabeceiras numerosas dos rios, seco, árido, cheio de plantas enfezadas e tristes; o planalto é o — chapadão.

Enfim, a região das montanhas do Norte é coberta de florestas colossais.

Todavia, margeando os grandes rios, ou adornando os mananciais, a mata, por toda parte, cresce e domina; conforta com sua sombra e seus frutos; espanta com suas formas.

Quem atravessa Mato Grosso nota que seus arroios orientados para o Norte, contribuintes do Amazonas, e os que se vão perder no Paraguai, nascem como irmãos gêmeos, lado a lado; entre uns e outros, não há montanhas. Dir-se-ia que se afastam, cada qual para seu destino, pela razão de uma vontade individual.

Quem bebe, pela manhã, águas que deveriam ir ter ao Atlântico meridional, à tarde pode matar a sede nas que são destinadas ao equatorial.

A comitiva almoça à beira de um regato filiado no rio da Prata, e pode sestear à margem de uma cabeceira da bacia do Amazonas.

Cerca de 18 km de chapadão arenoso bastam para separar a cabeceira de Aldeia Queimada, pertencente

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