Que a história da humanidade primitiva tem as suas raízes incrustadas na história da própria terra é fato conhecido e sobejamente repetido, pois de há muito se sabe que os vestígios do homem estão muito além das contribuições que recebemos da história e da filologia, "perdendo-se na obscuridade de remotas eras geológicas".
Daí a procura de sinais de sua passagem embrionária pela era terciária, depois que a terra foi emergindo lentamente, como os Alpes, os Pireneus, os Andes e o Himalaia, de modo a aproximar-se das suas formas atuais.
Mas se a existência do homem no período quaternário é fato consumado, de base científica indiscutível, a sua presença no terciário é ainda questão controvertida, persistindo as mais acentuadas dúvidas à respeito.
Não se pode ainda concluir que o homem tenha vivido provavelmente na segunda metade do período terciário.
Os achados são considerados, como dizem alguns autores, testemunhos indiretos da atividade humana nessa época, tais como alguns instrumentos de caráter primitivo atribuídos a esse homem mais ou menos hipotético...
Os investigadores desse transcendente problema julgam ver em certas pedras o trabalho intencional do homem. Essas peças de material lítico, denominadas "eólitos", seriam uma expressão rudimentar, inicial do esforço humano para a obtenção de certos utensílios necessários à sua existência primitiva.
Ao abade Bourgeois se devem as primeiras investigações, que trouxeram a questão para o terreno das primeiras discussões científicas acerca do sílex, que se presume trabalhado no terciário.