A raça de Lagoa Santa - velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano

A persistência singular desse homem de ciência que até os seus últimos momentos defendeu os princípios que trouxe à luz da observação dos cientistas parece que não logrou uma grande repercussão. Os seus achados procediam dos sedimentos de água doce do oligoceno superior, nas proximidades de Thenay (Loir-et-Cher). Maior sensação causaram, no entanto, os "eólitos" miocênicos de Puy-Courny, na Cantal francesa e que consistiam em lascas com supostos indícios de percussão — raspadores, perfuradores, pontas, etc., aos quais se dava a importância de assinalarem a presença de seres humanos já evoluídos.

A. Rutot, descobridor de achados "eólitos" em Boncelles os classifica como trabalhos do "homem oligoceno". Citaremos ainda os achados de Saint-Prest, na França; de Kent, Norfolk e Suffolk, a este da Inglaterra. Os "eólitos" da Bélgica e do norte da Alemanha devem pertencer ao final do período eolítico, confundindo-se já com o quaternário.

Vamos encontrar finalmente o homem na época glacial ou pleistocênica.

Na América do Sul existiram vários focos locais de glaciação, em Venezuela, Serra Nevada de Mérida; em Colômbia, Serra Nevada de Santa Marta, Serra de Cocui e outras. Ao largo da cadeia dos Andes, aos 19° de latitude sul, e de suas cordilheiras vizinhas se apresentaram de novo grandes vestígios de glaciação.

"Estas começam na cordilheira Branca e cordilheira Central, junto ao rio Marañón (norte do Peru) e continuam pela Bolívia, Chile e a parte ocidental da Argentina, donde, em alguns lugares se podem reconhecer duas e até três glaciações distintas.

Os depósitos de materiais e a configuração costeira da Patagônia e da Terra do Fogo, denotam bem

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