A raça de Lagoa Santa - velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano

a existência, em outros tempos, de uma glaciação geral nestas regiões".(1) Nota do Autor

Infelizmente tais estudos reclamam, além da competência e da dedicação dos cientistas, recursos materiais amplos, sem os quais não é possível a realização de certos trabalhos.

É para lamentar que, nesse particular, tenhamos de afrontar a maior e a mais cruel das indiferenças. Jamais nos foi possível obter qualquer auxílio no sentido de conseguir uma completa sistematização dos nossos trabalhos. Mas, ao que parece, mesmo nos centros mais adiantados, onde existem sociedades de grandes recursos e onde o poder público considera um dever patriótico e cultural amparar iniciativas desse gênero, também surgem dificuldades análogas.

O professor Carl E. Guthe, diretor do Museu de Antropologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos da América do Norte, em interessante estudo das atividades arqueológicas de 1931 a 1933, lamenta que as condições econômicas tenham limitado o campo de ação dos sábios, a ponto de impedir completamente o trabalho in loco, comumente realizado pelos representantes de organismos ocupados durante longos anos desses trabalhos.

Mas, apesar desse fato, a recente coordenação das atividades referidas tem conduzido a um bem definido progresso a interpretação das descobertas arqueológicas e paleontológicas.

Dois problemas máximos foram por essa forma tratados com êxito — o da origem e antiguidade do homem americano e o da interpretação de várias culturas indígenas.

Em nosso país também foram esses notáveis aspectos da ciência devidamente evidenciados pelos

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