A raça de Lagoa Santa - velhos e novos estudos sobre o homem fóssil americano

Julgam-nas sem fundamento, principalmente Alies Hrdlicka, como já acentuamos, as critica violentamente.

A questão, apesar de grandemente debatida, parece repousar, com mais segurança, na hipótese de que o homem americano procede da Ásia, raiz mongoloide ou pré-mongoloide. Neste terreno nós encontramos uma extensa bibliografia. Além do citado A. Hrdlicka, deparamos com outros autores notáveis como P. Dam. Kreichgauer, Festschrift, P. W. Schmidt, K. Kunike, J. J. Gapanovich, Edgar Howard, e tantos outros.

Estudos mais recentes nos mostram as relações entre a América do Norte e a Ásia Setentrional. Dentre os que têm tratado dos povos e culturas setentrionais e suas origens está B. Freiherr von Richthoffen, em Zur Frage der archäologischen Beziehungen zwischen Nordamerika und Nordasien. Estudando a cerâmica e o material de pedra e osso mostra a evidência de que um grande círculo cultural neolítico inclui a Norte América com tudo o que forma no N. do Velho Continente o grupo uraloaltaico primitivo de Menghim. Também W. Bogoras trata com proficiência das emigrações pré-históricas em Eurásia setentrional e América.

Luís Pericot cita duas frases de autores diferentes, que sintetizam a forte união da América com a Ásia e Oceania. Assim fala Ratzel: "Até 1492 a América é, etnograficamente, o Extremo Oriente, suas relações, assinalam Ásia e Polinésia, não Europa e África; sua união com o antigo continente não se estabelece através do Atlântico senão do Pacífico".

Por sua vez escreve F. Boas: "Desde o fim do terciário o Velho e o Novo Mundo estiveram separados pelo Oceano Atlântico, de maneira que a imigração

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