"Die Freude an der lebenden Natur haben wir Briider von unserm Vater ererbt".(1)Nota do Autor
Alfred Möller, que também descendia de Trommsdorff, deixa perceber que a influência materna não foi estranha à sua ardente dedicação à natureza. Seja como for, está provado que não podia ser melhor o fundamento eugênico do grande naturalista. O mesmo disse E. Krause fazendo a biografia de Hermann Müller em 1884.
Em 1828 muda-se a família do pastor para Mühlberg, na Thuringia. Na Páscoa de 1835, aos 13 anos, Fritz Müller deixa a casa dos pais e segue para a do velho Trommsdorff, em Erfurt — a "Botica do Cisne" — (Schwanenapotheke) — onde viveu durante o tempo em que frequentou o ginásio da cidade, escola que não lhe deixou agradáveis recordações visto que a sua enorme afetividade era, constantemente, arrepiada pelos modos ríspidos dos mestres, nenhum dos quais lhe recordava a gentileza do Rektor de Mühlberg, Tänzer. Não posso, dizia ele em 1870, lembrar sem amargura os belos anos perdidos no ginásio.
A sua tendência para o estudo dos idiomas estrangeiros desde cedo se manifestou. Hoje nos maravilhamos da correção com que ele escrevia o inglês, o francês e a nossa língua brasiliana. Por isso dizia em 1881: "So ware ich wahrscheinlich Linguist statt Naturforscher geworden".(2)Nota do Autor
Em Naumburg, onde morava seu tio Wilhelm Müller, passou a viver Fritz Müller desde 1840. A botica de Herr Bennecken foi, então, a sua melhor escola. Aí parece ter tido o jovem aprendiz os primeiros impulsos aventureiros que, afinal, o dominaram. Chegou mesmo a indagar de um agente hamburguês, com quem se encontrou, sobre a possibilidade de instalar uma farmácia em Cape Town.