colônia proveio o começar-se a chamar de Santa Cruz toda a terra descoberta".
Na verdade, antes de ser dado à terra, o nome Brasil era dado a um rio que nela corria, como se vê em diversas cartas antigas. No planisfério de Canerio, de 1502, por exemplo.
No mapa de Waldseemüller, que o primeiro em que surge o nome de América, está o Rio de Brazil. Sua data é 1507. Repete-o, em 1508, a edição do Ptolomeu de Ruysch: Rio de Brasil. O primeiro, com "Z"; o segundo com "S". Note-se bem que não do que está escrito, mas de. A mesma cousa no Waldseemüller de 1516, com idêntica grafia ao de 1507.
É de presumir seja o rio em cujas margens se achou a primeira madeira vermelha — ligni bresilli — como consta do mapa anônimo de kunstmann II, de 1505-1506. O rio Ibirapitanga, na opinião de Gomes Ribeiro; o Pitanga, na de outros.
O tráfico da madeira tintória começou quase que imediatamente após o descobrimento. Depois de haver pertencido a um consórcio de cristãos-novos encabeçado por Fernando de Noronha ou, melhor, Fernão de Loronha, diz Damião de Góis, cronista e também agente dos judeus alemães Fugger, monopolistas do cobre e outros produtos, em Lisboa, foi concedido em 1513 a George Lopes Bixorda, que pelo nome se não perca entre cristãos-velhos. Principiou-se nessa época a dizer: Terra de Santa Cruz do Brasil.