Fernando de Noronha, seja dito entre parênteses, era grande homem de negócios. Armava naus que acompanhavam as frotas da Índia, colhendo os frutos da mercancia à sombra de navegadores e guerreiros. Tinha ligações internacionais, tanto que, antes de D. João III lhe dar foro de fidalgo e carta de brasão d'armas, o Rei da Inglaterra lhe concedera o uso de meias-rosas heráldicas.
Em 1505, D. Manuel o Venturoso ainda não aplica a palavra Brasil. Em carta ao Rei de Espanha, datada de março, dizia que outros chamavam à terra de Santa Cruz - Terra Nova ou Novo Mundo. A edição do Ptolomeu de Roma, de 1508, marcava: terra sanctae crucis sive mundus novus, terra sancte crucis é ainda a legenda do portulano Egerton, de 1510.
Até meados do século XVI, a cartografia repete em relação ao Brasil, ou, melhor, à parte meridional da América as designações de mundus novus, novis obis e terra santae crucis. Alguns mapas rotulam a parte septentrional como hispania major. Outros apontam a parte sul como regio brazilis. Outros, mais raros, ostentam: terra incógnita.
A palavra Brasil amiúda-se ao aproximar-se a metade do século: no mapa de Baptista Agnese, de Veneza, de 1536 — Brazil; no mapa de Sebastião Munster, de 1540, Brazil sive novus orbis.