O Brasil na lenda e na cartografia antiga

ao cristianismo, Gaspar da Gama, mais tarde Gaspar de Almeida, vulgo Gaspar da Índia. Levado ao Reino por Vasco da Gama era conselheiro e informador de D. Manuel. Vinha recomendado de modo especial no Regimento dado a Cabral e pago a dez escudos por mês.

Sabe-se mais que os descobridores, naturalmente em companhia ele, que procurou entender a fala da indiada, desembarcaram à margem dum rio, onde cortaram lenha. É provável que, então, tenham encontrado a madeira de precioso âmago rubro, possivelmente logo identificada por esse técnico judaico em assuntos do Oriente. O certo é que, já em 1501, na volta de Cabral de sua viagem redonda à Índia, se formou o consórcio ou trust dos cristãos-novos, destinado a explorar o monopólio da anilina vegetal.

Na sua legenda pinturesca, ao gosto da cartografia coeva, a tábula mostrava claramente que o nome Brasil era dado ao tal rio por causa do pau-de-tinta: insunt margaritae, atque auri maxima copia. Archuntur a lusitanis ligna brasil, alias verzini, et cassiae, - Aqui há pérolas; ali, grande abundância de ouro. Os lusitanos acharam o pau-brasil ou verzino e a canafístula. Pedro Mártir de Angleria grafa cassiafistula.

Antes do Ptolomeu de Roma, antes portanto de 1508, não se via a denominação Santa Cruz, mas a de Vera Cruz, verbi gratia nos planisférios de Cantino

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