O Brasil na lenda e na cartografia antiga

"Tempo virá, no decurso dos séculos, em que o Oceano alargará a moldura do globo para descobrir ao homem uma terra imensa e ignota; o mar nos revelará novos mundos e Tule não será mais o limite do Universo..."

Foi ainda Sêneca quem afirmou que o oceano estava semeado de terras ferazes: "Fertiles in Oceano jacere terras".

Tule, a Tuly dos geógrafos árabes, identificada por alguns autores com as Feroe, com a Noruega, com a Jutlândia ou com a Islândia, era a ilha ou a terra mais avançada no oceano avistada por Pitéas, o marselhês.

Adivinhavam-se outras ilhas ainda mais misteriosas. Indicavam-nas como boiando à face inquieta e imensa do Atlântico, para o ocidente, mais ao norte, mais ao sul, mais perto ou mais longe, sem pouso certo, ao sabor das imaginações e dos informes imaginosos. Criando-as, afirmando sua existência, como que a mentalidade humana preparava as alpondras da áspera travessia do mare-magnum. As que mais tarde se encontraram foram servindo de escalas para as longas navegações em busca de passagem para o oriente, pelo oeste, pelo noroeste e pelo sudoeste.

Entre essas ilhas misteriosas e lendárias enumeram-se, como principais, as seguintes: Antilia, Stocafixa, Royllo, Man Satanaxio ou Mano Satanaxio, de Salomão, Mariéniga, Drogeo, Não-Encontradas,

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