dos seus pequenos quartos escuros; mas, nunca se lembravam do que haviam visto. Um a um, dous a dous, ou aos grupos, andavam, ao acaso, dizendo-se uns aos outros que assim estavam fazendo como os homens. Iam beber aos reservatórios, cujas águas conspurcavam; porfiavam, brigando, para se aproximar deles; depois, lançando-se para diante, em massas compactas, ao mesmo tempo, exclamavam: — Não há, em todo o jângal, povo tão sábio, tão bom, tão inteligente, tão forte e tão amável como o povo dos Bandar-Log!
— Homens de estado, homens de ciência, homens de arte, políticos, legisladores, governantes, juristas, sábios, artistas, poetas, publicistas, nós temos sido, mais ou menos, como os macacos de Kipling: temos desdenhado a nossa gente e o nosso meio, como os Bandar-Log desdenhavam a floresta e a sua bicharia — eles, filhos também dos jângales espessos e bichos também como os demais bichos da floresta. Como os macacos de Kipling, imitamos: eles — os homens; nós — os super-homens. Isto é, os que julgamos superiores a nós, os criadores, os requintados, os progressivos, os que estão, lá do outro lado do mundo, fazendo a civilização. Cada vez que um desses fazedores da civilização se mexe para fazer uma revolução ou para fazer a barba, nós, cá do outro lado, ficamos mais assanhados do que a macacaria dos junglais. De uns copiamos as formas de governo e os modos de vestir, os princípios da política