Pequenos estudos de psicologia social

e os padrões das casimiras - os figurinos, os alfaiates e as instituições. De outros copiamos outras cousas: as filosofias mais em voga, as modas literárias, as escolas de arte, os requintes e mesmo as suas taras de civilizados. De nós é que não copiamos nada. E temos assim com a bicharia do apólogo kiplinguiano estes pontos comuns: a inconsciência, a volubilidade e... o ridículo.

Este livro - como Populações Meridionaes do Brasil e todos os outros em elaboração - inspiram, se num pensamento contrário a essa xenofilia exagerada das nossas elites políticas e mentais: o seu ponto de partida é a nossa gente, o nosso homem, a nossa terra, isto é, o quadro das realidades sociais e naturais, que nos cerca e em que vivemos.

Esse ponto de partida é o único ponto de partida sério de qualquer movimento nacionalista que não queira ser apenas uma estéril logomaquia apologética de nós mesmos. O primeiro dever de um verdadeiro nacionalista é nacionalizar as suas ideias - e o melhor caminho para fazê-lo é identificar-se pela inteligência, com o seu meio e a sua gente.

Esse "Brasil maior", que é o mote mais em voga dos nossos nacionalistas militantes, ou é uma frase vã, ou implica o conhecimento meticuloso e íntimo do Brasil como ele é, do Brasil atual - do "Brasil menor". Que aumentar e onde aumentar? Eis a pergunta. Ora, só o estudo do nosso povo

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