e aplaudiu certas sugestões que faço; menos com o que eu disse sobre o Haiti (cap. V). Este capítulo, aliás, ele o criticou azedamente, com a sua habitual mordacidade — e com muito espírito.
IV
Entretanto, o Jornal do Comércio não tinha razão. Ele, que, com a sua habitual segurança de informações e de crítica, sempre teve razão em tudo, no meu caso e no caso do meu livro não a tinha, de modo algum.
Concordo que me qualifique de antifederalista e de antiparlamentarista — e aceito com honra e mesmo orgulho o qualificativo. Não, porém, de antiliberal, nem de antidemocrático. Não sou uma coisa, nem outra. Sou justamente o oposto disto.
Não pode realmente ser antidemocrático quem, em O idealismo da Constituição, dado à publicidade em 1924, já dizia, no prefácio à edição de 1927, depois de dividir as democracias modernas em democracias de opinião organizada e democracias sem opinião organizada:
— "Não há maior ilusão do que supor que no Brasil exista uma opinião organizada. Este volume, nos vários capítulos de que se compõe, visa justamente demonstrar esta tese. Ora, um dos