Problemas de política objetiva

é o fato de que nesta luta, a que não podemos fugir, contra essas forças colossais, a nossa nacionalidade se apresenta fragílima, inteiramente desaparelhada das garantias mais elementares para uma resistência vitoriosa: sem solidariedade moral, sem coesão nacional, sem organização coletiva, sem uma consciência forte, clara, definida da sua própria situação e dos seus próprios destinos. O nosso instinto de conservação coletiva nos está a sugerir, a avisar, a impor a todos nós, principalmente aos nossos dirigentes, aos nossos estadistas, aos nossos "responsáveis", à sua consciência, à sua sinceridade, à fidelidade do seu patriotismo, a urgência imperativa de uma atitude nova, no sentido de uma política defensiva, de uma política de preservação e reparo, de prevenção e resguardo de nós mesmos, das nossas riquezas, da nossa integridade, da nossa própria existência nacional.

Ora, dado o estado de fraqueza e dissolução de nosso povo e das raças que o compõem, esta política de defesa e conservação nacional não pode deixar de ser senão uma política de coordenação, de construção, de consolidade interna da própria nacionalidade. Este é o pensamento central de todo o programa social e político de Alberto Torres.

Nesta parte, ao estudar as causas da nossa fraqueza étnica, da nossa dissolução social, da nossa anarquia política, da nossa desorganização econômica,

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