é que os talentos de objetividade e síntese do nosso grande pensador, a sua capacidade observadora, a sagacidade e a lucidez da sua intuição social mostram-se na sua plenitude e maravilhosamente.
Esta política nacionalística de Torres, tão racional, tão positiva, tão prática, tão patriótica, do que ela precisa é encontrar vozes novas e ardentes, no seio das nossas elites, capazes de lhe dar o que o feitio grave do seu autor não lhe pôde dar com vantagem: permeabilidade, difusibilidade, popularidade, em suma. Torres é um escritor lúcido, harmonioso, claríssimo; mas como pensador é profundo e severo demais para a familiaridade das nossas maiorias letradas. Como já dissemos, é mais um escritor para elites de inteligência e de cultura. Tivesse ele tido o estrondo, o estrépito, os alaridos do grande Sílvio — e teria garantido às suas ideias uma rápida expansão na consciência da nacionalidade.
VII
Os céticos impenitentes, os desalentados habituais, os descrentes da capacidade da nossa raça duvidarão que essa alta política de consolidação e vitalização nacional, que Torres prega, possa vir a ser realizada, utilizando apenas os elementos