Problemas de política objetiva

étnicos que constituem o nosso povo. O nosso grande sociólogo, cujo otimismo é refletido e medido, se bem que orgânico, crê firmemente nessa possibilidade. É talvez, dentre os nossos espíritos mais cultos, o único que confia sinceramente na sua raça, o único que a julga capaz dessa "longa, máscula, paciente tenacidade necessária para empreender e sustentar, com vigor e inteligência, o esforço múltiplo e vagaroso da construção da nossa sociedade".

Ele discute, por isso, nos seus livros, a apregoada inferioridade da nossa raça — e a nega. Discute também a hipótese da degenerescência da nossa raça — e a repele. Discute ainda a possibilidade da melhoria da nossa raça — e a sustenta, a defende, a proclama.

Nós não somos, segundo ele, inferiores às outras raças europeias, nem mesmo às raças do Norte: saxões, escandinavos, germanos em geral. Em sentido absoluto, não há raças superiores, nem inferiores — pensa ele: a superioridade é uma função do meio físico e social, em que as raças se encontram. O ariano, o indo-europeu só é superior aos outros tipos étnicos quando nos seus meios nativos, ou nos meios semelhantes aos dos seus centros de origem. O egípcio, o chinês, o árabe, não eram de raça ariana; mas foram grandes fundadores

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