e excursionarmos também pelos nossos sertões, mormente pelo edênico vale são-franciscano. Ouvimos a palavra autorizada de eminentes naturalistas do Jardim Botânico, do Museu Nacional e da Pauliceia, graças à valiosa interferência do emérito professor Pirajá da Silva. Dados interessantes foram colhidos de pessoas do povo, mormente de homens do campo e de ervanários. Tratando-se de assunto tão complexo e controverso, consultamos as bibliotecas, destacadamente as especializadas. A despeito, porém, do máximo interesse de ficarmos ao abrigo de erros e omissões, lealmente confessamos que em labores de tal natureza, uns e outros, por bem dizer, são inevitáveis.
A nomenclatura popular ajusta-se plenamente aos caracteres de alguns vegetais no referente à morfologia, suas virtudes e utilidades, sendo que pode advertir da nocividade de alguns à agricultura e ao organismo humano. Em maior escala, porém, os apelidos são despropositados, antagônicos, inexpressivos, incongruentes, embora às vezes humorísticos: são vozes de jargão, de origem africana ou indígena, ou ainda corruptelas geratrizes de outras tantas, refletindo superstições e duvidosos valores terapêuticos.
Raríssimas são as espécies identificadas por uma e única designação, mesmo em localidades vizinhas, sendo ainda mais digno de nota que, até em uma área circunscrita, determinado apelativo tem sido conferido a vegetais os mais díspares, criando assim embaraços para discriminá-los. Enquanto não se fizer a conveniente depuração dessa babélica nomenclatura - em cujo assunto procuramos interferir impugnando certos termos - toda ela deve, para esse objetivo, ser registada. É esta a razão de apresentarmos abundante vocabulário jamais publicado, onde se deparam, todavia, centenas de palavras que devem ser lexicografadas.
Limitando-nos às espécies baianas conhecidas pelas designações vulgares, que fora de dúvida em todas as