Outro Brasil

que o horroroso Trópico do Capricórnio passa por São Paulo, o que afirma não se ensina no Brasil. Daí a mania que temos de fazer do Brasil uma grande pátria. Porque nunca os professores nos ensinaram isso? - pergunta aflito". Quem escreve, sabe estar sujeito a críticas e não pode ofender-se com elas. Mas, quem é honesto, sente-se mal na companhia de plumitivo cuja improbidade ressalta da leitura de nosso texto e das aspas dele. Tem-se ou não se tem o direito de admitir sejam falsas, como a vista acima, todas as citações feitas pelo boneco? Impossível tomá-las como ponto de partida para esgrimir com os autores citados. Esgrimir, então, como o boneco? Gente branca não faz isso. A verdade é esta: o referido crítico é pedinte de emprego no Ministério da Agricultura; vagou-se um cargo de diretor? - lá estará ele, cheio de pistolões, amolando o Ministro. Consequência: tem sido diretor de quase tudo, como se fosse enciclopédico. Já foi diretor do Serviço de Economia Rural, que, em outro tempo, com outra designação, divulgou as condições meteorológicas do país, servindo-nos nós dos seus dados para este capítulo. Entretanto, o boneco diz não compreender como se exprimem climas em máximas, médias e mínimas. Não compreende, porque nada compreende; mas, quem divulgou primeiro os dados, foi o departamento que o boneco dirigiu. Foi também diretor do Serviço Florestal, que indiretamente vergastamos no ensaio. Que também não entende, já sabíamos, pois temos o hábito de acompanhar a gestão dos serviços públicos.

Voltemos, porém, ao caso: por que não nos ensinam os professores o que significa o fato de ser o Brasil tropical em quatro quintos do território? Talvez por ignorarem. Bem possivelmente são dos que ensinam na classe a lei do sifão e a seguir passam pelo funileiro, pois a caixa da descarga não funciona. Em vez de obrigar-nos

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