11. Ação político-social
Várias conclusões já vistas são no rumo da nacionalização, que, no caso, significa transferência de empresas particulares ao governo. Basta a provocar como provocou - discordância e impugnações e, até, para sermos acoimado de incoerente e contraditório, pois temos traído pessimismo quanto ao Poder Público brasileiro, a cuja inoperância, desídia ou falta de seriedade atribuímos boa cópia de nossos males. Além disso, de muitas exposições feitas e críticas produzidas, se quereria fazer decorrerem deduções de desapreço ao brasileiro.
Comecemos do fim para o princípio. Não se subestime nosso povo, não superior, mas também não inferior aos outros. Em recente perlenga na Sociedade Rural Brasileira, tivemos ensejo de abordar o assunto, quando alguns diretores, tentando desculpar-se de aquela entidade não possuir a bem dizer quadro social, após mais de trinta anos de vida, alegaram a falta de espírito associacionista do brasileiro. Impugnamos com veemência e invocamos nosso próprio testemunho, quando diretor de departamento oficial. A princípio, só apareciam lavradores estrangeiros - alemães, japoneses, húngaros; depois, começaram a aparecer também os brasileiros, que passaram a dominar, como dominam nas sociedades agrícolas do Sul do país, em proporção superior a 90%. Perguntamos aos contraditores: o brasileiro seria inferior ao japonês, por exemplo? Não, absolutamente. É que, no pais de origem, estava este habituado a dirigir-se a