será sempre a mais útil alavanca para os que o possuem e objeto de inveja para os que não o possuem. Com o ouro compram-se as consciências mais rebeldes, fixa-se a taxa de todos os valores, o curso de todos os produtos; atendem-se os empréstimos dos Estados, que em seguida ficam à nossa mercê. Já estão em nossas mãos os principais bancos e as Bolsas do mundo inteiro, e os créditos sobre todos os governos. A outra grande potência é a imprensa. À custa de repetir sem cessar certas ideias, por fim ela as faz admitir como verdades. O teatro presta serviços análogos (em 1865 não havia cinema). Em toda parte, o teatro e a imprensa obedecem a nossa direção. Pelo elogio infatigável do regime democrático, dividiremos os cristãos em partidos políticos, destruiremos a unidade de suas uniões, semearemos a discórdia. Impotentes sofrerão a lei de nosso banco, sempre unido, sempre devotado a nossa causa. Atiraremos os cristãos às guerras, explorando-lhes o orgulho e a estupidez. Massacrar-se-ão e desocuparão o lugar, onde nos estabeleceremos. A posse da terra sempre deu influência e poder. Em nome da justiça social e da igualdade, dividiremos as grandes propriedades; entregaremos as parcelas aos camponeses endividados pela exploração. Nossos capitais nos tornarão senhores deles. Por nossa vez, seremos grandes proprietários e a posse da terra nos assegurará o poder. Esforcemo-nos por substituir na circulação o ouro pelo papel-moeda; nossas caixas absorverão o ouro, e regularemos o valor do papel, o que nos tornará senhores de todas as reservas. Contamos entre nós oradores capazes de incender entusiasmo e persuadir as multidões: espalhá-los-emos entre os povos, para anunciarem as mudanças capazes de realizar a felicidade do gênero humano. Pelo ouro e pela lisonja, ganharemos o proletariado, que se encarregará de aniquilar o capitalismo cristão. Aos obreiros, prometemos