O Marquês de Barbacena

O duque de Wellington, assim como os ministérios que dirigiu, era essencialmente high-tory, violento, pirrônico e cabeçudo.

Seu oráculo era Metternich. A longa luta contra a Revolução Francesa e seu consectário, Napoleão, havia-lhe falseado os pontos de vista; liberais, constituições, eram palavras que a seus ouvidos soavam como blasfêmias, a que contrapunham legitimismo, direito divino, absolutismo.

Os atos de D. Pedro, abdicando em sua filha, mas dando ao Reino uma carta constitucional, eram tão insuportáveis a ele quanto ao Chanceller austríaco. Ele não instigaria a usurpação, mas veria com bons olhos uma combinação política que restaurasse o primitivo absolutismo, de sorte que uma ascenção ao trono de D. Miguel, desposando D. Maria da Gloria e revigorando as antigas leis, lhe sorria certamente.

Enquanto vivo, Canning não o permitiria. Mas logo que faleceu, com D. Miguel em Viena e doutrinado por Metternich,