O Marquês de Barbacena

Compreende-se, portanto, que, para a Inglaterra, no Brasil se olhasse de esguelha.

Para esses diplomatas, incipientes e aprendizes, era natural voltassem as vistas para outro quadrante do horizonte, a Áustria, cujo soberano acontecia ser sogro do imperante da ex-colônia libertada. Não se recordavam de que, nesse teatro político, no qual somente interesses se debatiam e nunca sentimentos, a monarquia dos Habsburgos havia conseguido assombrar os ocupantes do tablado pela sua independência de coração e pela ilimitada capacidade de esquecer serviços anteriores ou liames puramente morais. Regra bastante generalizada, aliás, cujas aplicações se não amorteceram, desde então até hoje, em quase todas as nações, e de que o sacro egoísmo do Governo italiano não é senão uma exemplificação contemporânea.

Apesar da conduta austríaca para com Napoleão em 1814 e 1815, D. Pedro, genro igualmente de Francisco I, talvez se julgasse em condições diversas do Corso violento,