de grande relevo, quais Jules Grevy, Jules Favre, Ledru Rollin, e superando todos, pelo verbo implacavelmente sibilante, a figura majestosa de Victor Hugo.
Entre o príncipe republicano e a assembleia levanta-se irreconciliável conflito, e o presidente da república, com o golpe de estado de 2 de dezembro de 1851, coloca na cabeça semicorsa, a coroa de imperador dos franceses.
A constituição imperial, porém, garante o sufrágio universal, e, mercê disto, no parlamento, firma-se um núcleo de resistência contra o bonapartismo usurpador, do qual seriam J. Favre, Thiera, Picard e Gambeta o centro de irradiação cívica.
Ao lado, porém, da França combalida por dissensões íntimas disfarçadas nos ouropéis com que o império ornava a crença fictícia de seu poderio, havia outra nação que também gravitava para o imperialismo absorvente e supunha não poder argamassar as fundações de seu vasto plano político senão sobre os destroços da França arruinada. 1870. A lava guerreira invade a Gália despercebida; o império sucumbe e sobre os seus escombros ergue-se a unidade dos povos germânicos dominados pelo gênio sombriamente criador de Bismarck.
Mal ferido, embora, o povo francês apela para a terceira república que lhe assegura setenta anos de governo parlamentar, decorativamente centralizado em presidentes eleitos de sete em sete anos.
Durante esse período, falho de estabilidade nos governos, se bem que firme na conservação do princípio democrático, a tribuna parlamentar continua a manter-se em posição de grande relevo: J. Ferry, Floquet, Freycinet, Goblet, Brisson, Valdeck-Rousseau, Clemenceau, Viviani, Millerand, Léon Bourgeois, Briand, Bartout, Jáurès, são nomes de que se forma o patrimônio cultural