Vice-Reinado de D. Luís D’Almeida Portugal, 2º Marquês do Lavradio 3º Vice-Rei do Brasil

daquela Ilha no caso em que eles não possam sustentar a sua defeza.

77 - Quarto - Porque aquela altura fica eminente sobre o porto aonde costumam a vir dar fundo a todas as embarcações maiores, e donde naturalmente se hão de por para fazer a destruição dela.

78 - Quinto - Para embaraçar o facil desembarque que havia nas Praias de todo aquele outeiro e outro muito franco e excelente que ha na ultima extremidade daquele monte, aonde chamam a Prainha.

79 - Tudo isto fortifiquei com diferentes baterias e para estes serviços é que eu guardava as muitas mil fachinas que havia tanto tempo que eu tinha mandado cortar e por em arrecadação.

80 - Acha-se todo aquele outeiro e os lados que o guarnecem com uma respeitavel fortificação ainda que de fachinas, porem tão fortes e bem flanqueada que posso segurar a V. Exª. que se os castelhanos cá vierem e nos quizerem atacar por aquele lado, que ele só bastará para lhe causar maior estrago às forças com que eles nos pertendam atacar neste porto.

81 - Debaixo do mesmo sistema tenho fortificado toda a Marinha desde a Prainha, até à reducta de calabouço: toda muito bem flanqueda; as cortinas formadas por uns trincheirões de 19 palmos, muito bem batidos. Os flancos que são muito fortes a maior parte deles tem já artilharia montada e toda esta Fortificação vem seguindo a ideia que eu tinha desde o principio formado para a defeza da mesma Marinha.

82 - Agora me serviu excelentemente a obra que eu tinha feito até o Quartel da Infantaria e se eu tivesse continuado a mesma obra como pretendia, nesta ocasião me não seria perciso fazer o grandissimo trabalho que isto me tem custado presentemente.

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